A agricultura familiar emprega 12 milhões de pessoas no Brasil. Desses, 16% são jovens entre 14 e 24 anos. Os pequenos agricultores sonham com uma vida melhor para suas famílias, mas sem sair do campo.
A agenda do agricultor Paulo Henrique Santana é cheia. Pela manhã, ajuda o pai nos 14 hectares de hortaliças e frutas. Após vai para o curso na área de tecnologia. À tarde, a aula é agrícola. No fim do dia é técnico de informática à distância. Aos 19 anos, o seu plano de vida está traçado.
– Pretendo ficar aqui até quando eu puder. Ficar dentro da área rural e trabalhar pra mim é excelente. A gente vê por ai muito desemprego. Por quê? O campo hoje está sendo tecnológico. Você vê trator com computador a bordo, com GPS, com tudo isso e quem não têm os cursos de informática, de tecnologia vai ficando pra trás – conta.
As oportunidades, ele diz, são mérito próprio. A ajuda do governo poderia vir de outra forma.
Para o jovem que vive na zona rural, muitas vezes as dificuldades estão do lado de fora da propriedade. A maioria dos acessos é de chão batido e o transporte público muitas vezes não atende a demanda. Por isso, para conciliar trabalho e estudo só mesmo com veiculo próprio.
– Se você quer fazer um curso tu não pode porque os horários do transporte rural não batem. Os ônibus são péssimos, saúde também é péssima, falta médico, falta tudo.
A 70 quilômetros da propriedade de Paulo, mora Mariana de Jesus. Residindo com os pais e oito irmãos, também sente falta da infra-estrutura para construir os sonhos.
– O transporte é ruim porque passa três vezes ao dia, e não tem hora certa, então pra quem trabalha na cidade não tem hora certa pra chegar. Então não tem nem como conseguir alguma coisa desse jeito – relata.
Na plantação a Mariana ajuda a família principalmente na colheita. Ela conta que já sofreu preconceito por ser mulher, mas se inspirou na historia de vida da própria mãe para superar os desafios.
– Muitos falam assim: você é mulher e não vai dar conta de fazer esse serviço. Hoje em dia as pessoas estão vendo que a mulher esta tomando a frente. Aqui em casa mesmo a minha mãe toma a frente das coisas, a minha mãe é o braço forte, ela é a parte que não deixa cair, não deixa desanimar – ressalta.
Mariana e Paulo são colegas no curso da Emater que forma jovens líderes no campo. Nos encontros mensais eles debatem alternativas para os problemas da sua região.
– Nenhuma instituição vai resgatar laços familiares, laços comunitários, resgatar aços culturais, culturas de uma região. São os próprios moradores, os próprios jovens as próprias famílias desses locais é quem podem fazer isso. A gente está tentando dar uma ajudinha – explica Maria Bezerra, Extensionista Rural Emater.
Educação para estimular as mudanças, é o que defende a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura, que já qualificou 30 mil jovens rurais com o ensino a distância.
– Com acesso a informação nós inclusive temos a oportunidade de buscar mais políticas para poder viver nesse espaço com qualidade de vida, pra nós e para nossas famílias e principalmente para se organizar enquanto jovens para transformar a nossa realidade, o nosso local, e transformar esse país – conta Elenice Anastácio, Secretária de Jovens da Contag.
Nos últimos anos, os programas públicos de acesso ao crédito ajudaram a manter 26 mil jovens agricultores no campo. Ainda é pouco. Até o governo federal reconhece: faltam políticas com foco na zona rural.
– O desenvolvimento do meio rural brasileiro, o enfrentamento de um processo de êxodo rural, ele passa por um processo de investimento para criar no campo brasileiro aquelas condições que qualquer cidadão procura, deseja ter quando vive na cidade. Isso envolve o acesso a todos os serviços sociais, aos serviços básicos, a cultura, ao lazer, a segurança pública, a saúde, a educação – reforça Ademar Almeida, Secretário de Reordenamento Agrário do MDA.
Jornal desenvolvido por alunos e professores da escola CEIER de Águia Branca, e voltado para toda população que se interesse pelo cultivo e preservação da terra
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terça-feira, 26 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Código Florestal: o que não tiver consenso será decidido no plenário
Mesmo após a negativa dos agricultores familiares e do sindicato agropecuário ás mudanças propostas pelo relator do Código Florestal, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o deputado continua utilizando a categoria para justificar a sua pressa. A informação, agora, é que, caso o Código Florestal não seja aprovado em breve, a categoria sofrerá sérios prejuízos.
Para aprovar o Código, o deputado propôs que os pontos que não tiverem consenso deverão ser votados em plenário. E, segundo os ambientalistas, é ai que mora o perigo. Com maioria ruralista em Brasília, Rebelo – apesar de utilizá-los em seus discursos – está ignorando as manifestações de pequenos agricultores, que cobram um debate mais amplo sobre as mudanças.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Parceria entre BANDES e SEAG visa fortalecer agricultura familiar
Na tarde de segunda-feira, 11 de abril de 2011, dirigentes do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), se encontraram com o objetivo de unir ações visando o fortalecimento da agricultura familiar no Estado.
De acordo com o diretor de Crédito e Fomento do Bandes, Everaldo Colodetti, o banco possui metas de aumentar o volume de crédito, ao mesmo tempo em que pretende diminuir o valor médio do crédito solicitado. “Dessa forma, queremos atender os produtores que tenham interesse em buscar o crédito numa faixa de até R$ 15 mil”, completa.
Para Everaldo, uma parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), que é vinculado à Seag, se torna fundamental para conseguir esse objetivo. “Além disso, temos metas de novos negócios que atendam a política da Seag”, ressalta.
O secretário Enio Bergoli, da Seag, lembrou que a principal atividade beneficiada pelo crédito rural é a cafeicultura. “Aumentando a oferta de crédito vamos poder incentivar os investimentos naquilo que tratamos como prioridade na agricultura: a produção de café de qualidade nas pequenas propriedades de agricultura familiar, sobretudo no conilon. Além disso, pretendemos ampliar a diversificação por meio da fruticultura e oferecer mais oportunidade para a pecuária”, explica.
O diretor presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, também ressaltou assuntos como o Pronaf Mais Alimentos, com foco na aquisição de despolpadores, para café arábica e conilon.
ATIVIDADES DO MÊS DE ABRIL
De 05 a 08 de Abril a escola CEIER de Águia Branca participou dos Jogos Escolares do município.
De 12 a 15 de Abril foi realizado o Aulão do CEIER de Águia Branca, contando com vários palestrantes de diversas instituições que ministraram alguns cursos para os alunos do Ensino Médio.
No Ensino Fundamental foram desenvolvidas várias atividades tendo como tema principal o “SOLO”
Daqui a pouco tem fotos de tudo isso aqui.
terça-feira, 5 de abril de 2011
MAIS UMA VITÓRIA
Após solicitação feita pelos professores a equipe pedagógica do CEIER de Águia Branca, foi pedida a visita de representantes da Superintendência de Educação de Nova Venécia para analisarem a possibilidade de se desmembrar a da turma do 6º ano do ensino fundamental (antiga 5ª série), devido à grande quantidade de alunos da turma, o que acabava dificultando o bom desempenho da mesma.
Hoje, 05 de abril, a escola recebeu a visita de 3 (três) representantes da Superintendência de Nova Venécia, que após confirmarem o que a direção da escola lhes havia relatado permitiram o desmembramento da turma.
Por tanto, a partir da próxima quinta-feira, 07 de abril, visando melhorar o bom atendimento prestado aos estudantes, a escola CEIER de Águia Branca passará a ter duas turmas de 6º ano do ensino fundamental.
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